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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Embocaduras II


Cabeçadas e Embocaduras


As cabeçadas são feitas de tiras de coro que são colocadas na cabeça do cavalo e servem para segurar a embocadura – ferro usado na boca dos cavalos – de onde saem as rédeas. As embocaduras podem ser dos cinco tipos seguintes:

                      


Bridão(snaffle)
Tem vários tipos de fins, mas são mais usadas nos desportos hípicos. É leve e articulada no centro, pressionando os cantos da boca; Impedindo que o cavalo "tome o freio nos dentes".
 
Freio(bit)
 É utilizado em cavalos de boca mais dura, pois é mais forte e possui hastes laterais com comprimento variável, fazendo mais pressão quanto maior for as hastes, formando uma alavanca mais forte com a barbela; obriga a montaria a baixar a cabeça pois actua sobre o palatino; Freio dito Huloko ou globo-chook, é usado com rédeas simples 
 
 


Pelham
Reúne as funções do freio e do bridão; é utilizada com quatro rédeas actuando as duas inferiores como freio e as duas superiores como bridão, formando com a barbela uma alavanca; Tipo de Pelham que tem bocado macio, de vulcanite (ebonite), usa-se com 4 rédeas e barbela
 

 


 Dupla Embocadura
 Usa-se simultaneamente com o bridão e com o freio e com quatro rédeas. É utilizado principalmente no adestramento; Bridão, (Snaffle) do tipo magenis, com roletes no bocado para maior controle.

 



Hack More
 Actua fora da boca do cavalo fazendo pressão no nariz; é de metal e forma uma alavanca ligada a barbela. O controlo do cavalo deve ser equilibrado sem movimentos bruscos, pois é um sistema potencialmente severo. É usado principalmente no Oeste American. Bridão com barras faciais fixam a posição do bocado na boca do animal; as "chaves" encorajam o cavalo a ensalivar. 


 

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Oração do Cavalo

Hoje ao invés de publicar informações, dicas, novidades do mundo equestre, vou apenas demonstrar meu amor, minha admiração e extrema felicidade em ter esse magnifico animal chamado cavalo fazendo parte da minha humilde existência.
 Possamos nós, lendo esse belíssimo texto, refletir sobre a dedicação, companheirismo, lealdade e amizade dos animais para conosco...

Dono meu:
Dá me, frequentemente, de comer e beber, e, quando tenhas terminado de trabalhar-me, dá me uma cama na qual eu possa descansar comodamente.
Examina todos os dias os meus pés e limpa meu pelo. Quando eu recusar a forragem, examina meus dentes e minha boca, porque bem pode ser que eu tenha um problema que me impeça de comer.
Fala-me; tua voz é sempre mais eficaz e mais conveniente para mim, que o chicote, que as rédeas e que as esporas.
Acaricia-me, frequentemente para que eu possa compreender-te, querer-te e servir-te, da melhor maneira e de acordo com os teus desejos.
Não corte o meu rabo muito curto, privando-me do melhor meio que tenho para espantar as moscas e insertos.
Não me batas violentamente e nem dês golpes violentos nas rédeas, pois, se não obedeço, como queres, é porque ou não te compreendo ou porque estou mal encilhado, como freio mal colocado, com alguma coisa nos meus pés ou no meu ombro que me causam dor.
Se eu me assustar, não deves bater-me, sem saberes a causa disso, pois bem pode ser o defeito de minha vista ou um proverbial aviso para ti.
Não me obrigues a andar muito depressa em subidas, descidas, estradas empedradas ou escorregadias.
Não permaneças montado sem necessidade, pois prefiro marchar, do que ficar parado com uma sobrecarga sobre o dorso.

Quando cair, tenha paciência comigo e ajuda-me a levantar, pois, faço quanto posso para não cair e não causar-te desgosto algum.
Se tropeçar, não deves por a culpa para cima de mim, aumentando minha dor e a impressão de perigo com tuas chicotadas; isso só servirá para aumentar meu medo e minha má vontade.
Procura defender-me da tortura do freio, não no trabalho, mas quando esteja em descanso, e cobre-me com a manta ou com uma capa apropriada.
Enfim meu dono, quando a velhice me tornar inútil, não esqueça o serviço que te prestei, obrigando-me a morrer de dor e privações sob o jogo de um dono cruel ou nos varais de uma carroça, se não puderes manter-me, ou mandar-me para o campo, mata-me com tuas próprias mãos, sem me fazer sofrer.
Eis tudo o que eu te peço, em nome daquele que quis nascer numa baia, minha morada e não num palácio, tua casa.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Embocaduras

TIPOS DE EMBOCADURAS E MODO DE AÇÃO

O mal uso de embocaduras talvez seja a principal causa do cavalo mal educado. Basicamente, são apenas tres tipos de embocaduras, cada uma tendo uma gama enorme de modelos que variam no tipo de material e modo de ação.

                                                                        BRIDÃO
A embocadura inicial é o bridão. O modo de ação é a pressão principal sobre as comissuras labiais. Esta ação gera uma reação do cavalo, a  elevação  da cabeça, como forma de amenizar o incômodo da pressão nas comissuras labiais, uma região de sensibilidade desenvolvida. Obviamente, quanto mais discretos forem os comandos de rédeas acionando o bridão, menor será a reação de elevar a cabeça. Uma pressão complementar do bridão ocorre nas barras e sobre a lingua. 


Em raças brasileiras de cavalos de marcha o bridão vem sendo utilizado de forma errada, quanto ao tipo de rédea (o correto é a rédea direta, conhecida como rédea de abertura), a força de pressão no comando de rédeas, no excessivo tempo de uso. No Método LSA de Adestramento, o bridão é praticamente uma embocadura de transição, como forma de preparar a boca do cavalo para a introdução do freio.
De acordo com o grau de  severidade da ação, o bridão pode ser brando, moderado, severo. Quanto menos espesso o bocal, mais severa a ação. As referencias de medidas são:
Bocal até 1,0cm de espessura – severo
Bocal entre 1,0 a 2,0 cm – moderado
Bocal acima de 2,0cm – brando.


Existe uma vasta gama de modelos de bridões. Devem ser escolhidos de acordo com a finalidade de uso do cavalo. Os mais comuns são os bridões de olhal redondo, de olhal em D e em D’agulha. O material mais comumente utilizado é o aço inox, principalmente pela sua durabilidade. O ferro enferruja. O cobre é um bom material, pode ser usado em combinação com o aço inox. É uma material que estimula a salivação.Bridão modelo D Agulha, o mais recomendado para cavalos de marcha. O bridão da foto foi originalmente desenvolvido pelo renomado hipólogo Márcio de Andrade, da famosa linhagem “Passa Tempo” de equideos marchadores. Atualmente, o modelo é conhecido como Modelo LSA, após algumas pequenas alterações visando melhorar o conforto e a eficiência.
Como regra geral, visando não prolongar em demasia o tempo de uso do bridão, recomendo iniciar a doma de sela com o bridão de ação moderado, modelo de olhal em D’agulha. Este tipo de olhal dispensa o uso de borrachas protetoras e as hastes ajudam no apoio. Em alguns cavalos de boca sensível, o primeiro bridão deverá ser o de ação branda. Raramente, o primeiro bridão será o de ação severa.

                                                             

   FREIO-BRIDÃO

O freio-bridão é uma embocadura chamada de transição entre o bridão e o freio. O bocal é articulado, atuando como um bridão, pressionando as comissuras labiais. Mas as hastes são de freio, tipo alavancas. Mas o efeito alavanca não atua sobre o palato, porque o bocal não é curvo. As alavancas atuam sobre a pressão da barbela no queixo. Assim, um freio-bridão atua sobre dois pontos principais de controle – comissuras labiais e queixo.
Somente em alguns casos recomenda-se o uso do freio-bridão, na transição do bridão para o freio. Sua ação de efeitos duplos tende a melhorar a flexão da nuca. Mas em mãos brutas, esta embocadura faz estragos graves. O excesso de pressão da barbela no queixo tanto poderá “encapotar” a cabeça, como também manter a cabeça em postura inadequada de “ponteira”, não corrigindo em nada a açao elevatória do bridão. O freio sim, este exerce ação principal de baixar a cabeça do animal, ao estimular a flexão da nuca.

Freio-bridão. Notar o bocal articulado de um bridão e as hastes e barbela de um freio convenciona

                                                                         FREIO

O freio é a embocadura profissional, aquela que realmente tem condições de ajudar o treinador a explorar o máximo de potencial do cavalo funcional O freio exerce ação complexa, de efeitos múltiplos. O bocal pressiona as barras; a ponte , ou passador de língua (curva do bocal) atua no palato; a barbela atua no queixo. O segredo do uso correto do freio está no ajuste da barbela. Deve ser ajustada com a folga da largura do dedo indicador. Assim, quando as rédeas são acionadas, o bocal encosta no palato e a barbela pressiona o queixo, travando o bocal. Se a barbela estiver muito apertada, o bocal “risca” o palato, causando desconforto e até mesmo ferimento. O terceiro efeito do freio, o principal, é o chamado efeito alavanca. As rédeas puxam as hastes (pernas ou cãimbras), para travar o bocal no palato.
Saber escolher um freio é uma ciência. O modo de ação de suas partes é variável. Por exemplo, o bocal pode ser brando e as hastes severas; o bocal pode ser severo, mas as hastes são brandas. O modo de ação do freio é mais complexo do que o bridão, porque atua sobre três pontos de controle, enquanto o bridão atua basicamente sobre um único ponto de controle. Assim como o bridão, o freio também pode apresentar diferentes graus de severidade em sua ação: branda, moderada, severa. As referencias de medidas são:
Haste inferior -  até duas vezes o comprimento da haste superior – efeito alavanca varia do brando a moderado. Ao contrário, quando exceder a duas vezes o comprimento da haste superior, o efeito alavanca será severo. A inclinação ideal da haste é de 45 graus. Quando menos inclinada e mais longa, mais severo será o efeito alavanca.
Altura da ponte, ou passador de língua ( curva do bocal ) abaixo de 2,0cm – ação branda, de 2,0 a 3,5cm, ação moderada; acima de 3,5cm, ação severa.
Formato da curva do bocal – em V, tende a ser mais severo do que em forma de U. Em meia-lua é o mais brando. Na verdade, o formato que melhor se encaixa no palato é o formato em U. O correto é medir a largura e altura do palato para escolher o freio de bocal correto no encaixe.
Espessura do bocal – até 1,0cm, ação severa; entre 1,0 a 1,5cm, ação moderada; acima de 1,5cm ação branda
Espessura da barbela – quando mais fina a barbela, mais severa será a sua ação.

Para Complementar o assunto, vejamos abaixo as principais diferenças  entre o freio convencional e o bridão. Devemos ficar atentos também em quando e quando empregar um e outro sucessivamente.

                                                     
                                                A Diferença entre Freio e Bridão

A Universidade do Cavalo gostaria de comentar as diferenças entre estas duas embocaduras. Todas as pessoas que montam sabem que existem vários tipos de embocaduras que podem ser utilizadas nos cavalos. Os mais comuns são os bridões e os freios. Mas, qual a embocadura correta para um determinado tipo de cavalo? Qual a diferença entre as embocaduras mais comuns? Aqui vão algumas considerações com relação a este assunto

Os bridões são as embocaduras articuladas, ou seja, que se dividem por meio de um articulação no meio da barra (parte que vai dentro da boca do cavalo); existem bridões que possuem mais de uma articulação, para um efeito mais direto na boca do cavalo. Os bridões podem ter em suas extremidades as argolas, ou as pernas, onde são atadas as rédeas. Existe uma variação no tamanho das argolas, de acordo com a utilização desejada pelo cavaleiro. Bridões com argolas maiores tem mais efeito na boca do cavalo, pois a superfície de contato da rédea na argola passa a ser maior. Os bridões de pernas geralmente usados pelos cavalos mais novos tem a função de dar mais sensibilidade e noção de direcionamento para os cavalos através das pernas.

Os freios são embocaduras com a barra inteiriça, sem articulações. Possuem pernas e geralmente têm ação mais forte na boca do cavalo. O freio possui a barbela, que serve como um "freio de carro" auxiliando na diminuição da velocidade através de uma alavanca criada no puxar das rédeas. A barra dos freios pode ser lisa ou com o passador de língua, que é uma elevação na barra, tornando o freio mais forte.

Freios e bridões são geralmente classificados como "leves" e "pesados". Na verdade estas classificações nada têm a ver com o peso do equipamento, mas sim com a ação por ele exercida na boca do cavalo. O material "leve" é o mais grosso, e o "pesado" é o mais fino. Ambos podem ser ocos ou inteiriços. Os ocos são mais leves e os inteiriços são os mais pesados.

Vale a pena dizermos que de nada adianta utilizarmos uma embocadura leve, pesada, oca ou inteiriça se o cavaleiro ou amazona não tiver o que chamamos de "mãos boas", ou seja, mãos que não sejam nem tão bruscas nem tão leves, mas sim, na medida e com o contato exato que cada cavalo necessita. Além disso, antes de escolher a embocadura de seu cavalo, converse com seu instrutor ou com um cavaleiro mais experiente e peça auxílio na escolha. Você verá que com a embocadura certa, seu cavalo irá ter um melhor rendimento no trabalho, no passeio ou esporte. Além de tudo isso, com a embocadura correta, o risco de acidentes diminui e seu cavalo irá trabalhar com muito mais conforto. 

                                                                                                                     Fonte: Universidade do Cavalo


Linguagem Corporal



O Movimento das Orelhas.
Além de emitirem sons como os relinchos, os cavalos utilizam as orelhas para se comunicar, tanto com outros cavalos quanto com humanos. Conhecer essa linguagem permite ao cavaleiro compreender as intenções do animal, assim como perceber a maneira com que o cavalo reage às suas ordens.
Fique atento, a observação das orelhas é essencial.
O cavalo é um animal muito sensível aos ruídos. Isso se deve ao fato desse animal ser presa, e não predador. Para facilitar a percepção de eventuais perigos, sua audição apurada foi fundamental para a permanência da espécie. Assim o cavalo se adaptou para facilitar sua percepção de eventuais perigos, o que foi essencial para a permanência da espécie.
Apesar de seu pavilhão auditivo ser móvel, a audição do cavalo possui uma sensibilidade semelhante à humana, porém percebe melhor os sons agudos, ouvindo até mesmo ultra-sons. O movimento das orelhas permite localizar a origem de sons e também revelar qual é o “seu estado de espírito”.


ORELHAS PARA TRÁS
Quando o cavalo dirige sua orelha totalmente virada para trás, onde sua visão não alcança, está indicando sua desconfiança a respeito do que está ocorrendo em seu ponto cego. Se as duas orelhas estiverem voltadas para trás simultaneamente, mesmo que nenhum ruído tenha sido produzido, indica que este cavalo não está confiante e por isso fica inquieto.
ORELHAS PARA TRÁS ABAIXADAS
Atenção! Essa posição das orelhas manifesta uma reação de agressão eminente. Ele pode estar tentando intimidar alguém (seja homem ou cavalo) ou apenas sinalizar um grande mau humor! Em caso de briga entre cavalos, as orelhas se colocam nessa posição. Quando o cavalo começa a abaixar as orelhas no trabalho, pode ser sinal de má vontade ou até mesmo de dor nas costas, razão pela qual ele não queira se mover.
ORELHAS PARA FRENTE
Já neste caso, quando as orelhas estão viradas para frente e atentas, revelam confiança e receptividade às ordens. Em um treino ou uma competição, o cavalo deve apresentar as orelhas nessa posição. Em uma pista de salto, ao se aproximar do obstáculo, orelhas para frente significam que o animal está atento, concentrado e pronto para responder as exigências do cavaleiro.
ORELHAS PARA VARIOS LADOS
Quando o cavalo move suas orelhas para vários lados, o que é uma situação muito comum de acontecer, é um sinal de que o animal ouviu ruídos de lugares diferentes ao mesmo tempo, ou o cavalo está em um local fechado, tentando localizar qual a origem do ruído.
UMA ORELHA PARA FRENTE, OUTRA PARA TRÁS
É um sinal de que o cavalo não está entendendo com clareza as intenções do cavaleiro, geralmente quando este ordena dois comandos contrários ao mesmo tempo. Neste tipo de caso, o melhor a ser feito é começar a utilizar comando de voz para cada ação que se pede.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O Cavalo Árabe - O Filho do Vento

Hoje, vou falar de uma das mais belas e antigas raças equinas do mundo, o Árabe.
 O cavalo árabe é facilmente reconhecido pela sua postura esguia e altiva, sua cauda elevada e sua cabeça delgada e delicada. Naturalmente esse belíssimo animal tem muitos outros predicados e qualidades que vão além da beleza.
Há divergências nos relatos da história da raça, o que se sabe é que a raça tem sua origem no Norte da África e Oriente Médio, especialmente no Egito, cujas origens remontam 5.000 (cinco mil) anos, famoso por sua resistência e capacidade de suportar as difíceis condições de sua desértica terra natal, decorrendo desta, resistência e lendas como a Lenda Árabe, a qual diz que Alá criou o Árabe com um sopro do vento sul e Maomé se incumbiu de manter a raça pura de outros sangues, assim ordenando às tribos nômades, bem como, uma lenda grega, na qual Poseidon conjurou o animal das águas com seu tridente.  
A verdade é que o Árabe é um cavalo leve e musculoso, sendo o único verdadeiro sangue-quente, pois foi mantido puro de outras linhagens sanguíneas durante séculos, diferentemente do Puro-sangue e do Anglo-Árabe, os quais também são considerados sangue-quente, porém o primeiro é descendente do sangue árabe e o segundo, como o próprio nome diz, é produto do cruzamento de Puro-sangues com Árabes. 





Os Cavalos Árabes têm características próprias que os individualizam dos demais, vejamos:
1. Cor: São predominantementes Tordilhos, castanhos e Alazões, podendo ter manchas brancas na cabeça e nos membros;
2. Caráter: Excepcionalmente inteligentes, portadores de uma resistência insuperável, além de serem extremamente fogosos;
3. Aspectos Físicos: A Cabeça é uma característica notável da raça, com uma testa larga, focinho pequeno e esguio e perfil abaulado. As pequenas orelhas pontiagudas quase se tocam e os olhos são excepcionalmente grandes e expressivos, complementando todo o harmonioso conjunto, as narinas grandes e sensíveis, tudo isso colocado no pescoço esguio e arqueado, a cujo peito relativamente largo desenha um corpo também esguio, cujo perfil perfaz quase um quadrado perfeito seguido da cauda sempre posicionada de forma a fazer um arco invulgarmente alto.
Por ser um cavalo leve, musculoso e originário de deserto, é famoso por sua ação elegante e flutuante, em especial, quando galopa, ficando com as narinas mais abertas, expressando-se avidamente, com as veias sobressaltadas. No trote incorpora uma grande ação dos joelhos, numa ação harmoniosa e flexível, mas não muito ampla e, embora seja um cavalo musculoso, pesa até cerca de 500 Kg (quinhentos quilos).
Um animal apaixonante, vale a pena ver, vale a pena montar, vale a pena  ter ...


Fonte: Hermsen, Josée. Enciclopédia dos Cavalos. Ed. Livros e livros: 2003.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

A Evolução dos Equinos

Os primeiros ungulados aparecem na Ásia na época do Paleoceno superior, dentro da Era Cenozoico. O cavalo pertence à ordem Perissodáctila. Os ungulados dispunham de um número impar de dedos e um destes dedos era predominante pois assegurava o apoio principal do animal.

Os primeiros equídeos que existiram possuíam quatro dedos em cada extremidade dos seus membros traseiros e três dedos nas posteriores. Como resultado da evolução, para uma adaptação progressiva para a corrida, o número de dedos que descansavam no chão, ao longo das idades, foi reduzindo para três, posteriormente para dois até ao aparecimento de um único casco, característica do cavalo atual.

Durante muito tempo crê-se que o antepassado mais distante do cavalo era o “Hyracotherium leporinum”, que apareceu durante o Eoceno (à cerca de aproximadamente 54 milhões de anos). Mas estudos recentes levaram os cavalos até aos Paleotheres.

Não é quase até ao final do Plioceno, até menos de dois milhões de anos, que a forma atual do cavalo se estabiliza com o Pliohippus.

Descobertos nos Estados Unidos, os fosseis provam, pela primeira vez, a presença de um único dedo, separado por membros mais compridos do que os dos seus antecessores.

Os primeiros cavalos tinham o tamanho de um cordeiro, vários dedos em cada pé e dentes adaptados para comer folhas novas. Os verdadeiros cavalos do género Equus apareceram na América do norte. O “Orohippus agilis” é um dos cavalos mais antigos conhecidos. Os seus dentes estavam adaptados para comer folhas. Mas os seus molares eram de maior tamanho. Media cerca de 40 cm de tronco.

A história dos cavalos está proximamente ligada às mudanças climatéricas. Depois de uma longa evolução pelo percurso do Eoceno, quando o super continente se separou, os cavalos emigraram até à Eurásia pelo curso do Oligoceno. De tamanho grande, começaram a parecer-se mais com os cavalos atuais.

O Anchitheriinae foi o primeiro exemplar que apareceu na Europa. O seu pé tinha conservado três dedos. O seu pescoço era mais comprido do que os cavalos atuais. A espécie evoluiu (principalmente na América do norte) e ficou maior e mais adaptado para a corrida.

Durante o percurso do Oligoceno, à quase 30 milhões de anos aproximadamente, o regresso às florestas forçou uma nova evolução dos cavalos. Tiveram de se adaptar a um solo mais duro e a um meio mais aberto, frequentado por numerosos predadores. Membros mais compridos favoreciam a fuga. Esta especialização também afetou os dedos, produzindo uma redução progressiva do número de dedos. A almofada desaparece para dar lugar a um único casco sólido. Ao mesmo tempo, a potência dos cavalos aumentou também. A sua dentadura adaptou-se a uma nova dieta: folhas duras.

Com o começo do Mioceno, os dentes transformaram-se de forma a ficarem maiores, bastante semelhantes aqueles dos cavais de hoje em dia. Foi muito pouco antes do aparecimento dos cavalos modernos.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Curiosidades sobre cavalos

O movimento da cauda;
Ao contrário dos cães, o movimento da cauda num cavalo é sinal de irritação, que podem usar como ato de defesa. Recomenda-se que se faça um nó à cauda quando se tem de estar na parte posterior do cavalo.


Significado do movimento das orelhas;
É um dos meios principais que o cavalo tem para comunicar. 
Normalmente significa que está à procura de um ruído. Mas também podemos distinguir os diferentes movimentos das orelhas. Se estão direitas ou para frente significa que encontrou qualquer coisa de lhe inquieta, se estão verticais, quer dizer medo.
As orelhas inclinadas um pouco para trás podem ser sintoma de irritação, e se estão completamente para trás, o cavalo está chateado. Se as orelhas do nosso cavalo estão em sentidos diferentes, quer dizer que não percebeu o que queríamos dizer-lhe. Quando o cavalo dorme, ele fica com as orelhas caídas, mas se ouvir algum ruído e ele não as levantar rapidamente, devemos verificar o estado da sua saúde, porque pode ser sintoma de alguma doença.







A Visão;
 O tamanho dos seus olhos maiores do que os da baleia ou do elefante, tem um grande campo de visão, de quase 360 graus. Só que a sua visão à frente e atrás deixa um pouco a desejar. Isto é bastante importante de ter em conta quando o vamos montar. À noite, a visão do cavalo é melhor que a do Homem.
Os cavalos possuem um amplo campo de visão lateral, mas muito limitado ao frontal. A sua vista é boa em curto e longo alcance, mas não é assim tão boa a médias distâncias. Relativamente à sua visão distinguir cores, ele só distingue o verde, o amarelo e o cinzento.







**Os cavalos têm a capacidade de reconhecer sons a grandes distancias e vozes familiares.

**O cavalo utiliza o seu olfato para procurar alimentos e no caso do potro, também para reconhecer a mãe.

**O desporto hípico teve origem nos torneios e jogos com cavalos que se faziam enquanto se descansava da guerra.

**O cavalo consegue pôr-se em três patas, o que lhe permite descansar e até dormir de pé.

**O cavalo é curioso por natureza e isto é provado pelo fato de ele aproximar-se rapidamente à porta ou cancela quando alguém passa ou chama.

**A mula é o resultado do cruzamento entre um burro macho e uma égua.

**A gestação de uma égua dura de 340 a 345 dias e a égua só dá à luz uma cria por parto.

**A melhor forma de disciplinar os cavalos que mordem é com uma palmada no pescoço.