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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Terapia com Cavalos

Hoje vamos falar de hipoterapia, esse ainda é um tema pouco abordado, e talvez por isso pouco difundido entre a sociedade.
 Muito se sabe sobre os efeitos benéficos dos animais sobre nós seres humanos, desde as alterações de humor, de percepção até nas noções de responsabilidade que cuidar de um animal nos traz. Nos deixa mais focados, mais humanos e consequentemente mais ativos.
 Quando se fala em hipoterpia, muita gente à relaciona com Equoterapia. O que muitos não sabem, é são práticas bem distintas, vejamos abaixo:

Hipoterapia vs Equoterapia

Na hipoterapia trabalha-se sobre e com o cavalo, no qual são estimuladas as funções cognitivas, motoras, sociais e emocionais, proporcionando equilíbrio e percepção do próprio corpo, despertando interesse pelo ambiente envolvente. O indivíduo é trabalhado como um todo e não em partes, proporcionando-lhe formas terapêuticas e educacionais de desenvolvimento. A hipoterapia é, assim, considerada como o método terapêutico e educacional que utiliza os andamentos do cavalo como recurso para crianças e indivíduos deficientes a vários níveis: paralisia cerebral, deficiência mental, Síndrome de Down, autismo, alterações sensório-motoras, dificuldades na aprendizagem, distúrbios de linguagem e fala, entre outras. Esta actividade terapêutica contribui para a educação, reeducação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiências.
A equoterapia baseia-se em jogos entre os cavalos e as pessoas, de forma a que se crie uma relação dinâmica entre eles, relacionando, assim, as áreas da educação e da saúde. Este tipo de terapia é mais utilizada por crianças com problemas de autismo, timidez, insegurança, medo, agressividade e hiperactividade. No entanto, não se aplica só a pessoas portadoras de deficiências: qualquer um a pode realizar.
A equoterapia e a hipoterapia não são a mesma coisa, contendo várias diferenças: a segunda corresponde à terapia montada a cavalo, que trabalha doentes que tenham alguma doença visual ou mental, enquanto que a primeira utiliza os cavalos, não sendo montados, simplesmente para funcionarem como um modo de fazer emergir a vida emocional e despertar os afectos.
Tanto numa como noutra, o elemento terapêutico utilizado é o cavalo. Este animal, quando utilizado para realizar terapia, pode ser bastante benéfico: o seu andamento a passo produz cerca de 60 a 75 movimentos tridimensionais por minuto – equivalentes aos da marcha humana, havendo um deslocamento da cintura pélvica para trás e para a frente, para a direita e para a esquerda. Assim, para as pessoas com lesões cerebrais, este tipo de terapia pode ser bastante benéfico, uma vez que ao estarem em cima do cavalo, o seu sistema nervoso central recebe o estímulo do que é a marcha, uma informação que este não possui devido à lesão que apresenta.

Acho válido esclarecer este ponto para que o trabalho com os cavalos seja valorizado e bem empregado na melhora e no bem estar de quem precisa.
 Seja como for, na equo ou na hipoterapia, os cavalos tem muito a nos acrecentar, e nos beneficiar, seja terapeuticamente ou pelo simples contato que nos proporciona uma profunda paz, um reencontro com o nosso eu interior,  com o nosso íntimo nos tornando pessoas equilibradas, centradas e sensíveis.
 
 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Bem Estar Animal

Este artigo é de suma importância para todos que como eu, trabalham com cavalos.
O bem estar, a boa condição física e a interação entre homem e cavalo são fundamentais para o bom desenvolvimento de qualquer exercício. O alongamento deve ser incluído em todo programa de treinamento, pois melhora visivelmente o desempenho muscular e consequentemente o resultado final esperado, além de proporcionar o relaxamento do animal.

*A importância do alongamento em Equinos

Um programa diário de alongamento passivo é benéfico a todos os cavalos, sejam utilizados para o prazer ou para o esporte. O alongamento passivo em equinos pode restaurar as fibras do músculo ao seu comprimento original, resultando na escala de movimento eficiente, que é importante em todos os aspectos do desempenho atlético.


A perda do comprimento original acontece quando um músculo ou um grupo de músculos ficam presos em uma contração contida, por um período de tempo prolongado, e as fibras do músculo não podem mais, por muito tempo, trabalhar a seu comprimento normal e a escala de movimento pode ficar comprometida. Isso também pode ocorrer com todo tipo de ferimento, doença, ajuste incorreto da aderência, devido à adaptação comprometida ou aos problemas dentais, fadiga de trabalho ou de viagem.
 É importante que o cavalo esportista suporte exercícios atléticos, apontando resistência a ferimento que é motivado por exercícios repetidos, que resultam na fadiga. Isso porque a fadiga dos músculos faz com que os tendões tornem-se, especialmente, esticados cada vez mais, o que aumenta a vulnerabilidade aos ferimentos.
 Pesquisa mostrou que alongamento seguido do exercício pode reduzir o efeito de DOMS (início atrasado do soreness do músculo), percebido, geralmente, dentro de 48 horas após ferimento. A prática do alongamento logo após o exercício demonstrou uma redução na atividade elétrica no músculo, de acordo com as leituras de superfície do electromiografia.
 Um estudo piloto mostrou também que um programa de alongamento diário aumenta, significativamente, o comprimento da andadura, o que é interessante para todas as disciplinas equestres, pois uma andadura mais longa resulta em uma redução na expansão da energia durante o exercício, com uma redução subsequente na fadiga. Para o cavalo da modalidade do adestramento a aparência estética é melhorada com uma extensão maior.
 Todo tipo de alongamento deve ser realizado quando os músculos e tecidos moles estão mornos. Alongar um músculo frio pode provocar um rasgamento dentro das suas fibras, pois, quando os tecidos não estão mornos, o reflexo myotatic do estiramento impede que o músculo estique seu comprimento funcional com eficiência. Os alongamentos, após exercícios, devem ser realizados antes que o cavalo esteja refrigerado completamente.
 É seguro alongar antes do exercício, só quando o cavalo é aquecido assim por muito tempo. Se o cavalo estiver esticado antes do trabalho, o tempo de ‘warm-up’ total pode ser reduzido. O alvo de uma estadia de warm-up é esticar tecidos para permitir que as articulações trabalhem em sua escala total do movimento. Se isso for feito com a aplicação de alongamento passivo, o tempo de warm-up (aquecimento) montado real pode ser reduzido, o que possibilita menos estresse no sistema músculo-esqueletal e conserva energia.
 No trabalho com varas, as distâncias e as alturas podem ser alteradas para induzir um grau mais elevado de coleção ou de extensão. No entanto, é importante notar que todos os exercícios devem ser realizados por um profissional treinado, por que as técnicas incorretas podem causar mais dano do que benefícios.
 O alongamento não deve ser feito quando o cavalo estiver com lesões sem diagnóstico, com ferimentos recentes com áreas quentes ou de inchadas ou onde o cavalo visivelmente demonstra incômodo com os movimentos.
 Os exercícios devem ser introduzidos lentamente. A preensão inicial não deverá ser prolongada, ficando no máximo de 5 segundos, aumentando até 30 segundos. É importante que os exercícios sejam realizados diariamente, porque a aplicação intervalada provoca efeito reduzido no tecido do músculo.

 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cavalos de Tração

São várias as raças de cavalos para tração, entre elas estão o dócil Bretão, o valente Percheron e o imponente e raro Brabantino.

O Bretão

Como o próprio nome sugere,  tem origem no noroeste da França, na região da Bretanha.
É uma raça de cavalo de tração, apresenta um porte de médio a grande, brevelínio (de linhas curtas, pouco alongadas),  com temperamento dócil e de fácil manejo. Os primeiros exemplares da raça bretão foram trazidos ao Brasil no início do século XX. 
A cabeça da raça bretão é quadrada de tamanho médio, fronte larga, chanfro largo e reto. A raça possui membros fortes, bem aprumados, peito largo, musculoso, cernelha forte e pouco pronunciada.


A altura da raça de cavalo bretão varia de 1,47 e 1,70m. A pelagem é alazã , castanha, ou rosilha e suas variações.



O Brabantino (Brabant)

O Brabantino é possuidor das usuais características dos potentes cavalos de tração, com o pescoço bem desenvolvido, conjunto dorso/anca bem curto, pernas curtas e grossas, etc. Contudo, para os que já ,conseguem ir sentindo as pequenas nuanças da conformação equina, não é difícil distinguir o Brabantino dos demais pela sua cabeça desproporcionalmente pequena em relação ao corpo, e por sua grande estatura.
Ele é tido por muitas autoridades como o verdadeiro chefe de raça de todos os cavalos nórdicos, o primordial cavalo das florestas que se desenvolveu a partir do Berbere pré - histórico.
Como o original cavalo dito de sangue frio ( mera expressão referente à região nórdica a ao temperamento frio), o Brabantino foi a base dos demais cavalos pesados da Bélgica, do Norte da França, etc. Alguns o chamaram de cavalo de Flandes, raça que não existe, exceto em citações históricas, tratando-se, portanto, do Brabantino mesmo. Embora outras raças tenham sido desenvolvidas a partir deste cavalo, através de cruzas, sobretudo, com cavalos orientais, o brabantino é cultivado e selecionado, até os dias atuais, mantendo as suas características obviamente, trata-se de um animal de tração, mas a sua nobreza faz com que os seus atuais criadores, quando puristas, o reservam para exposições.
Altura: Nórdico puro, supera 1,70m na cernelha.
Pelagem: Embora outras sejam possíveis, a usual é a do ruão, mescla de pelos vermelhos, negros e brancos, com pequenas manchas negras pelo corpo todo.


 O Percheron
 
O seu nome deriva da província Francesa de que é originário: Le Perche. Os Percheron que conhecemos atualmente diferem um pouco do original, devido a cruzamentos que foram produzidos na Idade Média, com cavalos de raça pura Árabe, procurando melhorar a sua agilidade. O uso deste cavalo foi principalmente de tiro, transportando cavaleiros armados durante a batalha das Cruzadas, ou como animais de carga de correio pesado ao serviço dos mensageiros Franceses no século XIX. Atualmente, segue-se utilizando o Percheron como animal de tração em algumas competições como também como um cavalo de corrida. Alias, na Espanha é utilizado nas touradas, como companheiro do toureiro.
Passamos a mostrar como é o físico desta raça de cavalos. O cavalo Percheron é um animal muito grande, apesar de não parecerem mas possui um corpo muito compacto e equilibrado. Ele até pode chegar a pesar até 1200 kg. O comprimento deste animal ronda os 165 cm. As patas posteriores são amplas e musculadas enquanto as traseiras, apesar de um pouco mais curtas, são extremamente fortes.
Pela sua força e resistência, utiliza-se o Percheron como um animal de tração pela sua docilidade e pela rapidez dos movimentos que possui.




 


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Uma Poesia chamada Cavalo!



Onde há confiança, amizade e lealdade, o resultado é sempre poesia!!!
Vejam o resultado da amizade e sintonia total entre esse lindo Haflinger e sua treinadora, um verdadeiro balé de leveza e força em perfeita harmonia.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Curiosidades do Mundo Equino

O estado de espírito dum cavalo pode variar como o das pessoas e assim na hora da competição, é necessário aproveitar as suas maiores virtudes.
O “vento de um cavalo” é uma doença que faz com que o cavalo faça uns ruídos estranhos durante a respiração, especialmente quando faz grandes esforços.
A Argentina é um dos poucos países do Mundo onde se cria o cavalo Árabe com caixilhos importados directamente da Arábia.
A técnica da doma em liberdade baseia-se no estudo do comportamento do cavalo e assim poder adaptar as atitudes de forma natural.
Para conhecer a idade de um cavalo, podemos ver a partir da sua dentadura. Se é jovem, não haverá cemento nos dentes à mostra e se é já mais velho, o cemento aparece desgastado e a sua dentadura estará inclinada.
Segundo os rumores, o cavalo não teve origem na Europa, mas sim que foi importado de alguma região oriental para uso doméstico.
Até à idade do bronze o Homem não utilizava o cavalo como elemento de trabalho.


Os cavalos possuem um amplo campo de visão lateral, mas muito limitado ao frontal. A sua vista é boa em curto e longo alcance, mas não é assim tão boa a médias distâncias. Relativamente à sua visão distinguir cores, ele só distingue o verde, o amarelo e o cinzento.
Os cavalos têm a capacidade de reconhecer sons a grandes distancias e vozes familiares.
O cavalo utiliza o seu olfacto para procurar alimentos e no caso do potro, também para reconhecer a mãe.
O desporto hípico teve origem nos torneios e jogos com cavalos que se faziam enquanto se descansava da guerra.
O cavalo consegue pôr-se em três patas, o que lhe permite descansar e até dormir de pé.
O cavalo é curioso por natureza e isto é provado pelo facto de ele aproximar-se rapidamente à porta ou cancela quando alguém passa ou chama.
A gestação duma égua dura de 340 a 345 dias e a égua só dá à luz uma cria por parto.
A melhor forma de disciplinar os cavalos que mordem é com uma palmada no pescoço.
A mula é o resultado do cruzamento entre um burro macho e uma égua.
A vacina da gripe equina permite prevenir a doença em 80% dos casos. A vacina deve ser administrada a cada onze meses e demora quinze dias a fazer efeito.


                                                                                                                   

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Gestação Equina

O Milagre da Vida.

Com a chegada da primavera, as éguas devem estar preparadas para a estação reprodutiva, em condição corporal adequada, vacinas e vermifugação em dia. A saúde reprodutiva deve ser avaliada e nas éguas com histórico de aborto é possível determinar a capacidade das mesmas em levar a gestação a termo.
Quando confirmada a baixa possibilidade de manutenção da gestação, estes animais devem ser removidos da atividade reprodutiva, pois mesmo que cheguem a emprenhar, normalmente abortam antes dos 90 dias.
Após o diagnóstico positivo, as gestantes podem ser mantidas em piquetes destinados a éguas prenhes nos próximos 11 meses, onde uma inspeção diária deve ser realizada para observar sinais de abortos ou qualquer alteração que possa comprometer a gestação.
Nos primeiros 60 dias, deve ser realizado exame ultrassonográfico quinzenalmente, pois este é um período crítico, em que as taxas de perda embrionária são elevadas. Apesar da espécie equina gestar apenas um feto, o nascimento de gêmeos pode ocorrer em 1% dos casos. Porém esta gestação de risco pode comprometer a fertilidade da égua e são raros os casos em que ambos os gêmeos sobrevivem. Desta forma, logo após a cobertura ou inseminação artificial a égua deve ser monitorada por meio de ultrassonografia para detectar uma possível gestação gemelar, especialmente nos casos em que ocorre dupla ovulação. Na maioria destes, ocorre naturalmente a redução de uma das vesículas embrionárias, porém se houver persistência das mesmas, o médico veterinário pode optar pela correção manual onde uma é eliminada, ou pela administração de medicamentos que interrompam por completo a gestação.
Em algumas éguas, especialmente aquelas com idade avançada, podem ocorrer casos de baixa produção de progesterona. Para tentar contornar o problema, a administração deste hormônio pode ser realizada durante os primeiros 120 dias de gestação, sob a orientação do médico veterinário responsável. Após este período a placenta começa a produzir progesterona e a gestação se mantém até o fim.
No piquete das éguas prenhes, a alimentação deve ser balanceada, com água e sal mineral à vontade. No início da gestação as necessidades nutricionais são as mesmas das éguas vazias, sendo que a partir do oitavo mês até o término da lactação a necessidade protéica e energética aumenta, assim como a quantidade de ração fornecida. Indica-se que a alimentação seja feita individualmente, com a finalidade de controlar a quantidade fornecida para cada égua. Quando a alimentação é realizada de forma coletiva, normalmente as éguas dominantes comem em excesso e as restantes ficam com a nutrição comprometida.
Outro ponto importante é a localização deste piquete, o qual deve estar em local tranquilo e próximo ao alojamento dos funcionários, facilitando o manejo diário. A manutenção em cocheiras não é indicada, pois esta medida impede o exercício necessário e pode estressar as éguas gestantes, além de favorecer cólicas e edema (inchaço) dos membros.
O controle de parasitas internos pode ser realizado de acordo com o manejo adotado para as éguas vazias, normalmente pela utilização de vermífugos a cada três meses. É indicado administrar uma dose aos 10 meses de gestação com o objetivo de evitar a passagem de alguns parasitas através da placenta, os quais podem ocasionar diarreia nos potros recém nascidos.
Atenção especial deve ser dada também à prevenção de carrapatos, pois este parasita externo transmite uma doença conhecida como “babesiose”, que pode determinar o aborto, assim como comprometer a saúde dos potros neonatos. A escolha do produto para o controle parasitário deve ser realizada com cautela a partir de uma orientação profissional.
Antes de emprenharem, as éguas devem ser vacinadas contra a raiva e durante a gestação devem ser imunizadas principalmente contra leptospirose e herpes vírus, devido à alta incidência de abortos ocasionados por estes agentes. O tétano pode ser evitado pela vacinação da égua um mês antes do parto e o controle de outras doenças deve ser realizado de acordo com a incidência do agente na propriedade.
A administração de medicamentos durante a gestação deve ser feita com acompanhamento veterinário, já que alguns produtos comerciais podem alterar o desenvolvimento normal do feto e outros desencadearem o parto, fato este que ocorre principalmente pelo uso de corticóides.
Próximo ao parto, as éguas podem ser mantidas em cocheiras ou piquetes-maternidade, para que o parto possa ser assistido e os devidos cuidados sejam observados e realizados, como a primeira mamada e a cura do umbigo. (Dr. Diego Lunelli – EmbrioHorse)

Abaixo podemos fazer o acompanhamento gestacional de uma égua prenhe. A gestão normal equina dura em média de 336 a 340 dias, devendo ser constantemenete monitorada  pelo veterinário responsavel pelo plantel.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Estágios do sono

Quer assunto melhor para começar a semana?!! Já que segunda feira é o dia mundial da preguiça, e todo mundo ainda está com aquela carinha de final de semana, e aquele soninho bem caracteristico, vamos falar hoje dassa necessidade de dormir bem da reposição das energias, e do descanso mental. Os cavalos também sentem essa necessidade de ter uma boa noite de sono, para se reequilibrar, e se refazer de um dia estressante e cansativo. Bons sonhos!
ESTÁGIOS DO SONO
Como você se sente depois de uma noite ruim e de dormir pouco? Péssimo, não é? O seu cavalo também precisa ter uma boa noite de sono e pode acordar de mau-humor!
Portanto, não o perturbe! Ainda mais por possuírem diferentes níveis de relaxamento durante o sono e poderem até sonhar.

O seu cavalo só dormirá tranquilo se tudo estiver seguro, portanto, o fator mais importante é a segurança.
Observa-se que cavalos domésticos, acostumados a dormir protegidos em baias, quando soltos em pastos, lugares abertos e grandes, tornam-se agitados e dormem pouco até se acostumarem com a rotina do local e ter certeza que estão seguros para dormir profundamente. Enquanto um grupo dorme, um dos membros fica de sentinela.

Saiba que os cavalos podem dormir em pé e até possuem ligamentos especiais nos membros posteriores, que lhes permite sustentar-se enquanto dormem. Conhecendo as posições dos cavalos, você pode saber em que estágio está o sono e em que estágio está o relaxamento do animal, pois se refletem na posição em que dormem.
De acordo com o estágio de sono, o animal recebe diferentes estímulos cerebrais.  
Um estágio bem interessante é o do sono médio, pois, durante o estágio as ondas cerebrais atuam como se o animal ainda estivesse acordado e seus olhos parecem piscar mesmo estando fechados. Neste período do sono o corpo descansa enquanto o cérebro continua em atividade.
     
Detectando o sono
 Sono Profundo - no sono profundo o animal deita-se totalmente sobre um dos lados do seu corpo, mantendo inclusive um dos lados da cabeça e do pescoço encostados no chão, numa postura de completo relaxamento.

Sono Médio - no sono médio o cavalo deita-se sobre a coxa e a paleta do mesmo lado, flexionando os membros colocando as patas quase debaixo do corpo e a cabeça pode estar erguida ou com focinho apoiado no solo. O período desse sono é importantíssimo para o descanso e a tranquilidade do seu animal.

Sono Superficial - o sono superficial é quando o cavalo se encontra numa dormência muito leve. Ocorre com maior frequência com os cavalos adultos, que passam grande parte do seu sono em pé, por possuírem os ligamentos especiais.
 Entre esses três estágios de sono, o cavalo gasta em média 6 a 8 horas por dia. Uma das regiões do cérebro que continua em atividade é o córtex. O animal só relaxa completamente durante o sono profundo, quando se deita sobre um dos lados do seu corpo. 

Fonte: NAVIAUX,J.L.; Cavalo na saúde e na doença,2e., São Paulo, Livraria ROCA,1988,285p.

 
  Questão de sobrevivência
 Assim como os outros animais, o cavalo também dorme. Porém possui uma particularidade, dorme por intermitência. Ao invés de seriar os ciclos de sono um após o outro, ele dorme um ciclo completo de sono de tempos em tempos. Estudiosos declaram que essa particularidade do sono do cavalo é herança de seus ancestrais selvagens que viviam a céu aberto de forma nômade em busca constante de água e comida. Eram presas fáceis para os grandes animais carnívoros. Por conta disso, nas manadas selvagens sempre havia uma vigília encarregada de dar alerta em caso de perigo.
Os cavalos atuais também se comportam dessa maneira. O instinto de sobrevivência ainda reflete na vida desses animais, quando estão em grupo e a céu aberto, enquanto a maioria dorme, um pelo menos fica de vigia e após um determinado tempo fazem uma espécie de revezamento.
FONTE: NAVIAUX,J.L.; Cavalo na saúde e na doença,2e., São Paulo, Livraria ROCA,1988,285p.


Para uma boa noite de sono

O sono, em geral, é definido como um estado natural de repouso físico e mental para qualquer ser racional ou irracional.
Mas é verdade também que esta definição de sono está sendo reavaliada dia após dia. Quem fala muito neste assunto são os psiquiatras e os psicólogos, que tentam explicar a sociedade contemporânea na qual muitas vezes não estamos adaptados a acompanhar as mudanças do dia a dia. Caímos na ansiedade, insônia e tantos outros nomes que a maioria das pessoas conhecem muito bem.
Como você se sente depois de uma noite ruim e de dormir pouco?
Mal... Péssimo e ninguém chegam perto. O seu cavalo também é assim. Precisa ter uma boa noite de sono.
Para manter a boa saúde o cavalo deve dormir bem. Para dormir tranquilo, deve se sentir seguro.
O cavalo só dormirá tranquilo se tudo estiver seguro, como já descrevemos no texto anterior. O instinto de defesa requer que esteja sempre pronto a fugir, quando surpreendido. Pequenos movimentos, ruídos, fazem o animal levantar as orelhas e sair em movimento.

A esta altura, pode-se afirmar com toda certeza: os animais dormem das mais variadas formas possíveis e, conforme o texto descrito acima, os cavalos podem dormir em pé por possuírem ligamentos especiais nos membros posteriores, que lhes permite sustentar-se nesta postura, enquanto dormem.
Muitos animais, no entanto, não podem dormir em sono profundo como nós, porque, certamente, seriam presas fáceis para os predadores. Assim, eles possuem vários mecanismos para permanecerem vigilantes. 



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Saúde Animal

Hoje, vamos falar de um problema bastante comum para quem estuda, possui ou trabalha com cavalos: A Cólica.
Quando falamos sobre o assunto, ainda surgem muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à causa e tratamento desse problema bastante comum nos cavalos.
A maioria das ocorrências surge devido à alimentação dos animais, ou a uma pré-disposição ao problema. 
A cólica não é uma doença com se pensa, e sim um conjunto de fatores e agravantes que geram um distúrbio gástrico intestinal no animal, ocasionando dores e muito desconforto. A cólica pode ser leve ou intensa, mas a atenção ao quadro é fundamental para um diagnóstico rápido e preciso, assim como o seu tratamento que pode fazer a diferença entre a vida e a morte do animal.
 Os sintomas da cólica podem variar de acordo com a intensidade das dores do animal, o que por muitas vezes pode nos confundir e agravar o quadro. 

Os sintomas mais frequentes são:

• Virar a cabeça na direção do flanco.
• Bater das patas.
• Chutes ou mordidas na altura do abdome.
• Animal se posiciona para urinar, mas não o faz.
• Animal se levanta e deita repetidamente.
• Animal rola violentamente.
• Animal senta como se fosse cachorro ou deita sobre as costas.
• Falta de apetite (anorexia).
• Baixar da cabeça para beber água sem fazê-lo.
• Ausência de movimento visceral tendo como evidência o baixo número de montes de estrume
• Ausência ou redução de sons digestivos.
• Suor intenso
• Respiração ofegante e/ou narinas queimadas
• Batimento cardíaco elevado (Acima de 52 batimentos por minuto)
• Depressão
• Enrolar dos lábios (reação Flehmen)
• Extremidades frias

 Notando qualquer alteração de humor repentino, ou eventuais sons incomuns no animal, o socorro deve ser rápido para que seja eficaz.
 Ligue imediatamente para um veterinário de sua confiança e siga minuciosamente suas instruções. Enquanto o mesmo não chega providencie que:

. Remova toda a água e comida.
• Verifique o tempo de enchimento dos vasos capilares (testado apertando a gengiva adjacente aos dentes, soltando e contando quantos segundos leva voltar à cor normal).
• Mantenha o animal o mais calmo possível. Permita que ele deite se estiver descansando e não estiver correndo risco de se machucar.
4. Se o cavalo estiver rolando ou com comportamento violento, tente fazê-lo andar devagar.
5. Não dê drogas a não ser que for assim instruído pelo seu veterinário.
Drogas podem camuflar problemas ou interferir na precisão do diagnóstico.

Prevenindo a cólica
Enquanto cavalos parecem ser predispostos à cólica devido à anatomia e função de seus aparelhos digestivos, o cuidado pode ter um papel importante na prevenção. Ainda que nem todos os casos sejam evitáveis, o guia seguinte pode maximizar a saúde do cavalo e reduzir o risco de cólica:
• Estabeleça uma rotina diária incluindo horário de alimentação e exercícios e siga-a.
• Dê uma dieta de alta qualidade
• Evite excesso de grãos e de suplementos densos em energia. (Pelo menos metade da energia requerida pelo cavalo deve ser suprida por meio de feno ou forragem
• Divida diariamente as rações concentradas em duas ou mais refeições menores em vez de uma grande para evitar que haja sobrecarga do aparelho digestivo do cavalo. O feno é a escolha melhor e mais barata de alimentação.
• Crie um programa regular de controle de parasitas com a ajuda de seu veterinário. Utilize amostras fecais para determinar sua eficácia.
• Providencie exercícios diários
• Mude gradualmente a intensidade/duração dos exercícios
• Providencie água limpa e fresca a toda hora. (A única exceção é quando o cavalo estiver excessivamente quente. Nesse caso deve-se dar a ele pequenos goles de água morna até que se recupere.).
• Evite medicamentos, a não ser que tenham sido receitados pelo seu veterinário, especialmente analgésicos, que podem causar úlceras.
• Cheque o feno, a cocheira, o pasto e o ambiente para ver se há substâncias potencialmente tóxicas, como besouros, ervas daninhas, e outros materiais estranhos ingeríveis.
• Evite por a alimentação no chão, especialmente em solos arenosos.
• Faça mudanças na dieta e em outros cuidados o mais gradualmente possível.
• Reduza o estresse. Cavalos passando por mudanças ambientais ou cargas de trabalho têm alto risco de ter uma disfunção intestinal.
• Dê atenção especial aos animais quando estiverem sendo transportados ou quando seu meio for mudado, como em eventos.


O melhor remédio sem dúvida é a prevenção, dê atenção ao seu cavalo. Procure conhece-lo, não somente para saber quando se trata de uma cólica, mas sim para estar em total sintonia com ele. Dessa maneira o vínculo entre vocês se tornará sólido facilitando a comunicação e a interação homem-cavalo.

Ótima sexta feira a todos!!!