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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Rédeas

Hoje vou abordar de forma rápida e simples os diversos tipos de rédeas com as quais podemos trabalhar um cavalo, seja este para hipismo clássico, rédeas, tambor, salto etc.
 Deixo claro aqui que rédea de treino, deve ser utilizada com o máximo de cuidado, pois estamos trabalhando uma área extremamente sensível do animal e por muitas vezes treinadores confundem confusão com teimosia. Visto que para confusão devemos nos explicar melhor e não partir para uma possível correção;

Tipos de Rédeas


Rédeas simples
Fazem parte da equitação elementar e não atuam sobre a garupa, limitam-se a levar o cavalo para frente ou em voltas, de modo aos posteriores passarem pela mesma pista dos anteriores.
São Elas:
• Rédeas diretas para condução em frente, parar ou recuar;
• Rédea direta de abertura para mudança na direção na qual a rédea atua;
• Rédea contrária ou de apoio para mudar na direção oposta da rédea que atua apoiada no pescoço.
O efeito da rédea contrária de apoio é melhor empregado quando as rédeas são conduzidas em uma única mão.
A mão é dirigida na direção que se quer o movimento, para o lado e para frente e pela pressão exercida no pescoço levará o cavalo mudar de direção. É ideal para os militares e jogadores de polo, que necessitam ficar com uma das mãos livres.

Rédeas de oposição
Fazem parte da equitação secundária. Atuam sobre a garupa, por oposição das espáduas à garupa. São rédeas que se opõem ao movimento do cavalo para frente, agindo como um freio à impulsão.
Podem ser:
• Rédea direta de oposição;
• Rédea contrária de oposição na frente da cernelha;
• Rédea contrária de oposição atrás da cernelha ou intermediária.

Material  das Rédeas:
As rédeas normais podem ser de couro ou parte de couro na saída do bridão e o restante de tecido ou náilon, com peças de couro anti-deslizantes ou emborrachadas





 Rédeas alemãs
São duas rédeas fixadas uma em cada lado na parte média da cilha e que passam pela argola do bridão e voltam às mãos do cavaleiro, combinando as funções de rédea e martingal abaixadores.
Aumentam a potência da embocadura, limitam a flexão lateral do pescoço e os movimentos de elevação do focinho.
Sua maior eficácia é alcançada com atuação de uma rédea direta ativa e outra reguladora, para as mudanças de direção.
Fixadas na parte inferior da cilha entre os anteriores, podem encapotar o cavalo, tornando-as prejudiciais.











Rédeas Colbert
São formadas por uma única peça comprida que no seu ponto médio se apoia sobre o pescoço do cavalo,
passa de cada lado pela argola do bridão e volta às mãos do cavaleiro, atuando como rédeas levantadoras, ao inverso das rédeas alemãs.
Aumentam a flexão da nuca, com a vantagem que o cavaleiro pode mudar a qualquer momento o ponto de apoio. Quanto mais perto da base do pescoço maior será o efeito de flexão da nuca e maior será o efeito levantador.



                                                                                                             
                                                                                 
Rédeas Chambon                                                                              
O equipamento consta de uma peça de couro presa à cachaceira com duas argolas laterais, uma corda de náilon de 1,35m de cada lado, presa com um mosquetão no bridão, passando pela argola superior da peça de couro presa na cachaceira, fixando-se na rédea central da parte inferior da cilha entre os anteriores do cavalo. O Chambon é um dos melhores equipamentos para o trabalho de guia para treinar cavalos novos, porque desenvolve os músculos da linha superior do cavalo, pescoço, dorso, lombo, garupa e engajamento dos membros posteriores.  Torna o cavalo flexível e estabelece um equilíbrio natural. Dá total liberdade para o cavalo movimentar a cabeça lateralmente, para frente ou para trás, limitando somente levantar a cabeça e o pescoço para cima, e, neste caso, a pressão do bridão não é para trás e sim na parte superior da boca. Abaixa o pescoço, mantendo a cabeça inclinada para frente, nunca encapotando o cavalo.









Rédeas Gogue
Independente – É análoga ao Chambon, com a diferença que seus extremos não estão presos às argolas do bridão, mas, passando por elas, vão fixar-se à rédea central que está presa na parte inferior da cilha entre os anteriores do cavalo. Pode ser usada para os trabalhos de guia ou montados com rédeas normais, pois acalma o cavalo.







 Dirigida 

É análoga à independente, porém as extremidades, ao invés de serem atadas à rédea central presa na parte inferior da cilha, depois de passarem pelas argolas do bridão vão até a mão do cavaleiro.
Nunca deve ser utilizada como rédea única, mas sim, com as rédeas normais do bridão. Apresentam uma vantagem sobre as rédeas alemãs, pois exercem pressão sobre dois lugares, nuca e boca, de modo mais suave, e facilitam a encurvação do pescoço diretamente que, quando obtida, o cavaleiro deve soltar as rédeas imediatamente e acariciar o cavalo.







                                     FONTE: Manual de Equitação da FPH