Deixo claro aqui que rédea de treino, deve ser utilizada com o máximo de cuidado, pois estamos trabalhando uma área extremamente sensível do animal e por muitas vezes treinadores confundem confusão com teimosia. Visto que para confusão devemos nos explicar melhor e não partir para uma possível correção;
Tipos de Rédeas
Rédeas simples
Fazem parte da equitação elementar e não atuam sobre a
garupa, limitam-se a levar o cavalo para frente ou em voltas, de modo aos
posteriores passarem pela mesma pista dos anteriores.
São Elas:
• Rédeas diretas para condução em frente, parar ou recuar;
• Rédea direta de abertura para mudança na direção na qual a
rédea atua;
• Rédea contrária ou de apoio para mudar na direção oposta
da rédea que atua apoiada no pescoço.
O efeito da rédea contrária de apoio é melhor empregado
quando as rédeas são conduzidas em uma única mão.
A mão é dirigida na direção que se quer o movimento, para
o lado e para frente e pela pressão exercida no pescoço levará o cavalo mudar
de direção. É ideal para os militares e jogadores de polo, que necessitam ficar
com uma das mãos livres.
Rédeas de oposição
Fazem parte da equitação secundária. Atuam sobre a garupa,
por oposição das espáduas à garupa. São rédeas que se opõem ao movimento do
cavalo para frente, agindo como um freio à impulsão.
Podem ser:
• Rédea direta de oposição;
• Rédea contrária de oposição na frente da cernelha;
• Rédea contrária de oposição atrás da cernelha ou
intermediária.
Material das Rédeas:
As rédeas normais podem ser de couro ou parte de couro na
saída do bridão e o restante de tecido ou náilon, com peças de couro
anti-deslizantes ou emborrachadas
São duas rédeas fixadas uma em cada lado na parte média
da cilha e que passam pela argola do bridão e voltam às mãos do cavaleiro,
combinando as funções de rédea e martingal abaixadores.
Aumentam a potência da embocadura, limitam a flexão
lateral do pescoço e os movimentos de elevação do focinho.
Sua maior eficácia é alcançada com atuação de uma rédea
direta ativa e outra reguladora, para as mudanças de direção.
Fixadas na parte inferior da cilha entre os anteriores,
podem encapotar o cavalo, tornando-as prejudiciais.
Rédeas Colbert
São formadas por uma única peça comprida que no seu ponto
médio se apoia sobre o pescoço do cavalo,
passa de cada lado pela argola do
bridão e volta às mãos do cavaleiro, atuando como rédeas levantadoras, ao
inverso das rédeas alemãs.
Aumentam a flexão da nuca, com a vantagem que o cavaleiro
pode mudar a qualquer momento o ponto de apoio. Quanto mais perto da base do
pescoço maior será o efeito de flexão da nuca e maior será o efeito levantador.
Rédeas Chambon
O equipamento consta de uma peça de couro presa à cachaceira
com duas argolas laterais, uma corda de náilon de 1,35m de cada lado, presa com
um mosquetão no bridão, passando pela argola superior da peça de couro presa na
cachaceira, fixando-se na rédea central da parte inferior da cilha entre os
anteriores do cavalo. O Chambon é um dos melhores equipamentos para o trabalho de
guia para treinar cavalos novos, porque desenvolve os músculos da linha
superior do cavalo, pescoço, dorso, lombo, garupa e engajamento dos membros posteriores. Torna o cavalo flexível e estabelece um equilíbrio natural. Dá total liberdade
para o cavalo movimentar a cabeça lateralmente, para frente ou para trás,
limitando somente levantar a cabeça e o pescoço para cima, e, neste caso, a
pressão do bridão não é para trás e sim na parte superior da boca. Abaixa o
pescoço, mantendo a cabeça inclinada para frente, nunca encapotando o cavalo.
Rédeas Gogue
Independente – É análoga ao Chambon, com a diferença que
seus extremos não estão presos às argolas do bridão, mas, passando por elas,
vão fixar-se à rédea central que está presa na parte inferior da cilha entre os
anteriores do cavalo. Pode ser usada para os trabalhos de guia ou montados com
rédeas normais, pois acalma o cavalo.
É análoga à independente, porém as extremidades, ao invés de
serem atadas à rédea central presa na parte inferior da cilha, depois de
passarem pelas argolas do bridão vão até a mão do cavaleiro.
Nunca deve ser utilizada como rédea única, mas sim, com as
rédeas normais do bridão. Apresentam uma vantagem sobre as rédeas alemãs, pois
exercem pressão sobre dois lugares, nuca e boca, de modo mais suave, e
facilitam a encurvação do pescoço diretamente que, quando obtida, o cavaleiro
deve soltar as rédeas imediatamente e acariciar o cavalo.
FONTE: Manual de Equitação da FPH