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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Gestação Equina

O Milagre da Vida.

Com a chegada da primavera, as éguas devem estar preparadas para a estação reprodutiva, em condição corporal adequada, vacinas e vermifugação em dia. A saúde reprodutiva deve ser avaliada e nas éguas com histórico de aborto é possível determinar a capacidade das mesmas em levar a gestação a termo.
Quando confirmada a baixa possibilidade de manutenção da gestação, estes animais devem ser removidos da atividade reprodutiva, pois mesmo que cheguem a emprenhar, normalmente abortam antes dos 90 dias.
Após o diagnóstico positivo, as gestantes podem ser mantidas em piquetes destinados a éguas prenhes nos próximos 11 meses, onde uma inspeção diária deve ser realizada para observar sinais de abortos ou qualquer alteração que possa comprometer a gestação.
Nos primeiros 60 dias, deve ser realizado exame ultrassonográfico quinzenalmente, pois este é um período crítico, em que as taxas de perda embrionária são elevadas. Apesar da espécie equina gestar apenas um feto, o nascimento de gêmeos pode ocorrer em 1% dos casos. Porém esta gestação de risco pode comprometer a fertilidade da égua e são raros os casos em que ambos os gêmeos sobrevivem. Desta forma, logo após a cobertura ou inseminação artificial a égua deve ser monitorada por meio de ultrassonografia para detectar uma possível gestação gemelar, especialmente nos casos em que ocorre dupla ovulação. Na maioria destes, ocorre naturalmente a redução de uma das vesículas embrionárias, porém se houver persistência das mesmas, o médico veterinário pode optar pela correção manual onde uma é eliminada, ou pela administração de medicamentos que interrompam por completo a gestação.
Em algumas éguas, especialmente aquelas com idade avançada, podem ocorrer casos de baixa produção de progesterona. Para tentar contornar o problema, a administração deste hormônio pode ser realizada durante os primeiros 120 dias de gestação, sob a orientação do médico veterinário responsável. Após este período a placenta começa a produzir progesterona e a gestação se mantém até o fim.
No piquete das éguas prenhes, a alimentação deve ser balanceada, com água e sal mineral à vontade. No início da gestação as necessidades nutricionais são as mesmas das éguas vazias, sendo que a partir do oitavo mês até o término da lactação a necessidade protéica e energética aumenta, assim como a quantidade de ração fornecida. Indica-se que a alimentação seja feita individualmente, com a finalidade de controlar a quantidade fornecida para cada égua. Quando a alimentação é realizada de forma coletiva, normalmente as éguas dominantes comem em excesso e as restantes ficam com a nutrição comprometida.
Outro ponto importante é a localização deste piquete, o qual deve estar em local tranquilo e próximo ao alojamento dos funcionários, facilitando o manejo diário. A manutenção em cocheiras não é indicada, pois esta medida impede o exercício necessário e pode estressar as éguas gestantes, além de favorecer cólicas e edema (inchaço) dos membros.
O controle de parasitas internos pode ser realizado de acordo com o manejo adotado para as éguas vazias, normalmente pela utilização de vermífugos a cada três meses. É indicado administrar uma dose aos 10 meses de gestação com o objetivo de evitar a passagem de alguns parasitas através da placenta, os quais podem ocasionar diarreia nos potros recém nascidos.
Atenção especial deve ser dada também à prevenção de carrapatos, pois este parasita externo transmite uma doença conhecida como “babesiose”, que pode determinar o aborto, assim como comprometer a saúde dos potros neonatos. A escolha do produto para o controle parasitário deve ser realizada com cautela a partir de uma orientação profissional.
Antes de emprenharem, as éguas devem ser vacinadas contra a raiva e durante a gestação devem ser imunizadas principalmente contra leptospirose e herpes vírus, devido à alta incidência de abortos ocasionados por estes agentes. O tétano pode ser evitado pela vacinação da égua um mês antes do parto e o controle de outras doenças deve ser realizado de acordo com a incidência do agente na propriedade.
A administração de medicamentos durante a gestação deve ser feita com acompanhamento veterinário, já que alguns produtos comerciais podem alterar o desenvolvimento normal do feto e outros desencadearem o parto, fato este que ocorre principalmente pelo uso de corticóides.
Próximo ao parto, as éguas podem ser mantidas em cocheiras ou piquetes-maternidade, para que o parto possa ser assistido e os devidos cuidados sejam observados e realizados, como a primeira mamada e a cura do umbigo. (Dr. Diego Lunelli – EmbrioHorse)

Abaixo podemos fazer o acompanhamento gestacional de uma égua prenhe. A gestão normal equina dura em média de 336 a 340 dias, devendo ser constantemenete monitorada  pelo veterinário responsavel pelo plantel.

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